quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Arte e sustentabilidade marcam as peças produzidas pelo artista autodidata João da Mata




Olhar mais que restos orgânicos e inorgânicos e transformá-los em arte. Este é o apelo do artista plástico e artesão João da Mata. Autodidata e com uma vida inteira entregando-se ao experimentalismo, somente agora, aos 63 anos de idade, ele realiza sua primeira exposição, intitulada “Sente-se: Arte e Design”. A vernissage acontece hoje, às 19h, na Galeria Trapiche Santo Ângelo, equipamento cultural da Prefeitura de São Luís. A exposição permanece durante todo o mês de novembro.
“Estamos seguindo a política de ocupação do espaço da Galeria com produções locais, além de contribuir com artistas como o João da Mata, que nunca fez uma exposição, e tem agora a oportunidade de mostrar seu trabalho”, assegura Paulo Melo Sousa, diretor da Galeria Trapiche, espaço vinculado à Fundação de Cultura (Func).
 Na exposição, João da Mata mostra toda a sua habilidade em transformar restos de utensílios do uso cotidiano, embarcações, isopor, troncos e galhos de árvores da flora brasileira, em objetos artísticos. São 14 peças artesanais, feitas com uma machadinha e muita criatividade do autor, que dá nome às peças, imbuídas de mensagens ecológicas e sociais.
Neste sentido, ele é simultaneamente um artista coletor – que após a coleta, seleciona o que vai servir à construção de sua obra – e extrativista, ao extrair e selecionar troncos e galhos de árvores que perderam a função biológica, pois é seu olhar agudo para a natureza e para as coisas que alimenta sua arte. Ao reunir esses elementos construtivos, cuja utilização e adequação são organizadas intuitivamente, João da Mara se enquadra no grupo de artistas múltiplos, criando um universo objetivo de significações artísticas, sensoriais, utilitárias e lúdicas.
A mostra reúne uma série de bancos formatados geometricamente ou estilizados em forma de canoa e que embora contenham um inevitável apelo ao ato de sentar, são objetos criados e disponibilizados não somente para esses fins. Suas linhas, formas cromáticas e texturas apelam ao olhar estético, portanto, são móveis-esculturas esculpidas em um único bloco de madeira.
Em algumas peças, João da Mata imprime sua autoria, mas em outras se utiliza dos atributos naturais do próprio suporte. “Eu olho a peça e logo vem a inspiração, eu deixo ela do jeito que eu encontrei e só dou um acabamento, um complemento”, declara o artista. Isso explica uma tendência à assimetria e o uso de vários materiais nas peças do artista.
A Galeria Trapiche Santo Ângelo fica na Avenida Vitorino Freire, s/nº, na Praia Grande, em frente ao Terminal de Integração, e fica aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h.

Rimbaudemonio - a visita do poeta ao inferno







O que faz um poeta querer parar de escrever? Esse é o grande questionamento que move o espetáculo teatral Rimbaudemonio, montagem da Companhia Direto da Fonte, com direção de Charles Melo e atuação de Raimundo Reis (como o demônio) e Ruan do Vale (como Rimbaud). A peça é uma adaptação do texto Rimbaudemonio: traições, colagens e iluminações no inferno escrito pelo poeta Celso Borges em 2007 quando ainda morava em São Paulo, e tem apresentações todas as sextas-feiras, até o final do ano na sala SATED (Praia Grande), às 21h.
A peça gira em torno do diálogo entre Rimbaud e o demônio. Embates, conflitos, questionamentos, carinho, violência, álcool, poesia, nudez, erotismo, em uma linguagem que une poesia, teatro e cinema.
Tudo começa quando Rimbaud, o poeta francês decide parar de escrever poesias e vai ao encontro do demônio para comunicá-lo, que de pronto é contrário à decisão e se revolta contra ele. Em uma hora de duração o que se vê é algo ousado, instigante. “Uns vão gostar, outros vão odiar, como acontece com  tudo na vida, mas é algo muito bonito de se ver”, comenta Celso Borges, autor do texto.  
O diretor Charles Melo conta que pegou o texto de Celso e precisou adaptá-lo para a linguagem de teatro, já que não havia marcações por ser um texto mais voltado para a poesia. “O texto do Celso Borges era um desafio em estado bruto e apesar dos méritos literários nos dava poucas indicações de ações cênicas. O que fizemos foi colocar situações cênicas. O Celso criou a situação: Rimbaud vai ao inferno fazer o comunicado ao demônio. Cabia à adaptação mostrar onde  e como isso se desenvolveria com colagens e iluminações ‘no palco’. Dentro desse contexto haverá um filme no início e no final, e sugestão de imagens durante a peça, para criar um pouco essa coisa do dentro e fora, utilizando-as como cenário. E posso dizer que ficou interessante. Em uma hora vai acontecer muita coisa”, sugere Charles Melo. 
O próximo projeto do grupo é uma adaptação dramatúrgica de Inaldo Lisboa do romance Noite Sobre Alcântara, de Josué Montello. A montagem acabou de ser aprovada na Lei de Incentivo Cultural do Estado e os ensaios devem começar em ainda este mês com estreia para março de 2014.


Duas perguntas//Celso Borges

1. E o que te motivou a escrever o texto?
Rimbaud é um poeta referência, leitura inevitável. Ele escreveu uma obra completa entre os 16 e os 19 anos, o que é único na literatura. E chegou um momento em que ele não queria mais escrever, abandonou a poesia e não escreveu nunca mais. Isso é muito instigante, porque para quem escreve o que pode acontecer é uma interrupção, mas com ele não.  Por que ele desertou? É uma pergunta sem resposta. Às vezes você diz que não vai mais escrever e volta a fazê-lo. Acho que ele encheu o saco, e isso me motivou a escrever esse texto. Ele vai abandonar a poesia e vai comunicar ao demônio que é o seu grande mentor. O demônio, como um anjo, deu fogo à poesia dele, e como tal não vai aceitar esse abandono. A peça é uma conversa entre os dois. Para o demônio ele é um traidor, e aí começa o embate.

2. Como foi o processo para chegar ao texto?
Eu li muita coisa, além das traduções, a história do demônio no mundo ocidental, o que ele significava, enfim... uma história muito longa. Para poetas como eu, que carregam a palavra por todo o corpo e nunca pensaram em abandoná-la, a atitude de Rimbaud traz desconforto e alguma angústia. Um lado meu procura compreendê-lo. O outro, chora a perda de um cúmplice e sente o golpe. Como uma traição. Rimbaudemônio é um grito e um exercício de imaginação contra os fugitivos da literatura, além de uma afirmação da poesia. É um texto de raiva e revolta contra Rimbaud, ainda que dê a ele chances de se defender.


Depoimento
“O inferno, aqui eleito como fonte de desregramento, delírio e rebeldia, é resultado de uma idealização romântica, ou mesmo de uma falsa idealização. Na educação cristã que recebi na infância, a presença de um Deus punitivo e de um juízo final implacável sempre foram mais presentes do que a figura do diabo e do fogo do inferno. Mais tarde, revoltei-me contra essa simbologia do medo. Rimbaudemônio é também, por isso, uma reação, mas, sobretudo uma provocação contra esse universo. Para isso, investi num conceito de transgressão que tivesse origem na figura do demônio e no cenário de fogo regido por ele. É dentro dessa concepção que nascem a beleza e a rebeldia de Rimbaud”. Celso Borges (poeta)


Ficha Técnica
Texto: Celso Borges
Adaptação, direção, figurino, iluminação e cenografia: Charles Melo
Elenco: Raimundo Reis e Ruan do Valle
Fotografia: Evandro Martin
Edição e som: Edemar Miqueta


Anota aí!
O quê? Espetáculo Rimbaudemonio
Quando? Todas as sextas-feiras, às 21h
Onde? Sala SATED (Rua da Estrela, 350, Praia Grande)
Quanto? R$30,00 (R$15,00 meia-entrada).




Arrocha com Thiago Farra





Músicas do grupo Coldplay e de artistas como  Annita, Bruno Mars, Psy, Alicia Keys, entre outros artistas ganham versões inusitadas na voz de Thiago Farra, o cantor revelação do “arrocha”, que se apresenta neste sábado, 02, no Mandamentos Hall (Ponta D’Areia).
O cantor que vem se destacando no cenário pop sertanejo se arrisca a pegar grandes sucessos e transformá-los em um estilo que é todo seu. Com músicas de autoria própria e versões inusitadas de grandes sucessos no melhor estilo arrocha, os vídeos de Thiago já viraram fenômeno de visualização no YouTube e nos portais do gênero sertanejo.
Dono de uma voz poderosa, Farra faz shows eletrizantes, capazes de transformar sua noite em uma grande balada. Um espetáculo com muita dança, energia e, claro, muita farra.

Serviço
O quê? Show de Thiago Farra
Quando? 2 (sábado), a partir das 23h
Onde? Mandamentos Hall
Quanto? Pista R$ 40, Camarote R$ 70, e FrontStage R$ 100.

Peça sobre Negro Cosme no Casarão das Artes



O Laborarte recebe nesta quinta-feira, 31, o espetáculo “Negro Cosme em Movimento”, às 19h30. O evento integra a programação do projeto Casarão das Artes, que abriga espetáculo, oficinas, exibição de filmes, entre outras atividades e vem sendo realizado desde o mês de setembro.

O espetáculo faz parte da trilogia Caras Pretas em andamento de montagem. O texto aborda as relações complexas da Revolta da Balaiada (1838-1941), que aconteceu no Período Imperial Brasileiro, pouco conhecida pelos maranhenses e brasileiros em geral.

“Esse desconhecimento de nossa história é reflexo da política oficial implantada desde a nossa colonização, e que se alastra até os dias atuais. A historiografia oficial reduz a luta dos sertanejos, escravos aquilombados e outros maranhenses, à insurgentes, facínoras, analfabetos e outros derivativos preconceituosos”, explica o dramaturgo Igor Nascimento, responsável pelo texto do espetáculo.

A pesquisa versa sobre as questões afrodescendentes, com foco nas Estações da Balaiada, tema recorrente na vertente central do grupo a dez anos. A proposta da encenação é penetrar nas camadas obscuras da história e levantar hipóteses sobre a veracidade da historiografia oficial que não dá conta do fato como todo, e muitas vezes deixam em aberto ou esconde outras possibilidades de interpretar a nossa história (do Maranhão e do Brasil).

O texto instaura uma discussão sobre a dialética das ações do homem enquanto ente político e social, apontando as contradições que são inerentes à luta não apenas pelo poder, mas por justiça social e igualdade de direitos de uma sociedade em transformação.

O espetáculo é encenado pelo grupo Cena Aberta que tem se dedicado ao aprofundamento desta temática desde 2005,com a encenação de Diálogos da Memória: Imperador Jones (2007). O grupo adotou a metodologia do processo criador “work in progress” (trabalho em processo), em que são apresentados experimentos sociológicos durante a feitura da escritura cênica. Já foram realizados experimentos, com oferta de oficina e inclusão dos participantes no espetáculo com: docentes do Ensino à Distância Licenciatura em Artes Visuais e Teatro (Pólos Imperatriz, Pinheiro e São Luís) com apresentação na 64ª. SBPC; Caxias (Memorial da Balaiada); discentes do Colégio Mario Martins Meireles - Pedrinhas, com apresentação no XII Encontro Humanístico; e outros eventos de São Luís, somente com o elenco do Cena Aberta.



Serviço:
Evento: Espetáculo teatral Negro Cosme em Movimento, com o Grupo Cena Aberta
Dia: Hoje, às 19h30
Local: Laborarte (Rua Jansen Muller, 42, Centro)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Diversidade cultural na 8ª Aldeia Sesc começa hoje




 Coletivo Gororoba

Começa hoje e prossegue até o dia 1º de novembro uma série de atividades culturais envolvendo dança, teatro, música, literatura, exposições, intervenções, entre outras em diversos espaços da capital e ainda nas cidades de Itapecuru e Caxias. É a 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes, promovida pelo Sesc. A programação começa às 16h com o tradicional cortejo pelas ruas do Centro da cidade, com concentração no Sesc Deodoro e partida em direção à Rua Grande, Largo do Carmo, Beco da Pacotilha, Rua do Giz e Praça Nauro Machado onde os grupos serão recepcionados e farão suas apresentações.
O público poderá ver de pertinho os grupos que circularão pelas ruas do Centro, como: Cortejo de Faunos (Coletivo de Artes Urbanas/MA), O Circo tá na rua (Núcleo de Formação Attivitá/MA), A Carruagem de Donana (NUA – Núcleo Atmosfera/MA e Grupo Cara de Arte/MA), Maratuque Upaon Açu/MA, Bumba-meu-boi Unidos de Santa Fé, Cia. Street Master de Dança, Cia Sesc de Dança do Maranhão, Tambor de Crioula – TSI Sesc, Bloco Afro GDAM, Grupos percussivos (Banda Marcial/Bloco Tradicional).
Todas as noites, a partir das 19h, na Praça Nauro Machado, artistas e bandas da cena contemporânea mostram a música produzida no Maranhão e no Brasil, nos mais diversos gêneros, com projetos autorais inovadores.A programação de hoje conta com a discotecagem de Jorge Choairy/MA; À Moda da Casa, com o Coletivo Gororoba/MA (foto acima); Strobo, com a banda Strobo/PA; e show Rádio Global, com a banda Pedra Branca/SP.
O grupo paulista Pedra Branca fundado em 2001 por Luciano Sallun e Aquiles Ghirelli vem trazendo de forma singular uma maneira muito apropriada de fazer música do mundo numa visão contemporânea e universal. O grupo chegou a 2009 com três álbuns lançados, músicas em compilações nacionais e internacionais e sucesso de público e crítica em suas apresentações.
Além da música o grupo atua desde o início com danças e performances interagindo diretamente com os conceitos e expressões artísticas, além de VJ’s e linguagens artísticas variada. O grupo formado por Luciano Sallun, Aquiles Ghirelli, Daniel Puerto Rico, Ruy Rascaffi, Ana Eliza Colomar, Ricardo Mingardi e a dançarina Laíz Latenek está na estrada fazendo a turnê Rádio Global, nome do quarto e mais recente CD do grupo.

 Pedra Branca

Quatro perguntas// Luciano Sallun (Pedra Branca)

Como você define o trabalho de vocês?
Nós temos 12 anos, eu sou um dos fundadores e  temos um trabalho de pesquisa com a chamada word music, que são as músicas do mundo tudo e fazemos uma fusão de forma criativa. Nosso trabalho não é em cima da pesquisa fixa, mas trazendo para o universo contemporâneo, fazendo uma fusão com o jazz, popular, músicas de várias etnias e a música eletrônica.

Como se dá o processo de pesquisa para elaborar essas composições?
Nós viajamos muito para lugares como Marrocos, Índia, África, só para citar alguns. Também ouvimos muita coisa, mas temos a preocupação em não reproduzir a música local. Nós criamos em cima da pesquisa, porque sabemos que muita gente trabalha com releitura da cultura popular, faz a fusão e apenas dá uma sonoridade. Não fazemos isso. Por exemplo: Se fôssemos fazer uma fusão do ritmo do bumba-meu-boi com a música árabe seria uma sonoridade muito diferente. E para isso trabalhamos com instrumentos milenares de várias nacionalidades, como árabes, russos, africanos, aborígines, ocidentais e misturando ao saxofone, pandeiro, bateria, percussão, entre outros.

É a primeira vez que vocês vem a São Luís? Como conheceram o bumba-meu-boi?
Sim, é a primeira vez e sabemos que aí é conhecida como a Jamaica Brasileira (risos). Conhecemos o bumba-meu-boi por meio do pessoal daí que mora aqui em São Paulo e que tem atividades no Morro do Querosene, como Tião Carvalho. E nessas nossas pesquisas achamos interessante descobrir que dentro da nossa cultura temos influências de várias outras. Por exemplo, o pandeirão que vocês usam no bumba-meu-boi é de origem árabe, mas tocado com a técnica africana. Temos influência desse ritmo sim e reconhecemos que ele é um dos melhores do Brasil.

E o que vocês vão mostrar aqui em São Luís?
“Vamos fazer as músicas do Rádio Global, mas também dos CDs anteriores e algumas inéditas que vão estar no próximo CD que deve ser lançado no ano que vem.  


Anota aí!
O quê? Abertura da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes
Quando? Hoje, a partir das 16h
Onde? Centro
Quanto? Aberto ao público

Último final de semana para ver Cíntia Sapequara na Guest House







Este é o último final de semana que o público de São Luís para ver a performance de Cíntia Sapequara no espetáculo  Sintética Idêntica ao Natural, antes dela "voar" para outros lugares. Em um espaço totalmente diferente do qual seus fãs estava acostumados a vê-la, ela estará novamente no palco, mas dançando... performando. 
Essa nova experiência pode ser conferida até o dia 27 de outubro, domingo, no auditório da Pousada Guest House (Centro), em um trabalho impulsionado pelo BemDito Coletivo (Maranhão) idealizado pelos artistas Erivelto Viana (MA) e Ricardo Marinelli (PR) e colaboração de Cristian Duarte (SP) e Gustavo Bitencourt (PR), com recursos do Prêmio FUNARTE Klauss Vianna de Dança 2012.
“É dança contemporânea. O que tem entre a Cíntia e o Erivelto? Não sei, as pessoas não me conhecem, mas conhecem a Cíntia”, analisa Erivelto.
O ponto de partida para a criação foi a relação nem sempre harmoniosa entre o artista e gestor Erivelto Viana e sua criatura mais ilustre Cintia Sapequara, personagem que já tem mais de 13 anos de vida nos palcos, na noite, e no rádio e televisão locais. A notoriedade e alcance dessa figura e a relação entre ela e seu criador (que continua inevitavelmente sendo o “recheio” de Cintia) foram as questões que nortearam o trabalho da equipe.
Erivelto demonstra sempre estar com a mente em turbilhões. Sentado ali naquele momento, mas a cabeça fervilhando em ideias, possibilidades, projetos. Foi assim que surgiu a Cíntia para esse espetáculo. “Foi o Ricardo que me chamou a atenção para a potência da Cíntia para a performance, que ela podia ir mais longe  Então nós estamos propondo um ambiente de contemplação do tempo, de estar com o outro, de olhar. A plateia vai me dar essa resposta. O Sintética é um trabalho de dança, uma performance. O corpo é o objeto questionador. Apesar de ser com a Cíntia, não é uma peça de teatro, é uma peça de dança. Não é comédia, mas é bem humorado”, sintetiza Erivelto.

Fugindo do lugar comum
Sintética idêntica ao natural é a forma que a equipe encontrou para nominar o conjunto de ações em que Cintia se implica durante o espetáculo-situação, sempre borrando fronteiras entre natural a artificial, real e virtual, orgânico e inorgânico, sujeito e objeto, carne e espuma. “É um espetáculo solo e não tem fala. Acho que as pessoas vão mais se surpreender do que gostar. É mais colocar o corpo em questão do que dançar. Menos pensar que a dança é movimento e mais pensar que o corpo é que responde. Quero vender a minha arte”, explica Erivelto.
Após a temporada em São Luís Erivelto quer levar o espetáculo para Teresina (PI), Curitiba (PR) e São Paulo (SP), ao mesmo tempo em que irá inscrevê-lo em outros editais e festivais. Erivelto que trabalha muito em outros estados levando sua arte, acredita que ela deve acontecer em outros lugares também. “Eu tenho viajado muito por conta desses intercâmbios, prêmios, festivais e residências artísticas pelo Brasil. E hoje eu não me vejo morando fora, por enquanto esses projetos só são potentes por sair desta região do país, por eu estar em São Luís, no Maranhão. Eu quero morar aqui e poder trabalhar fora. É possível!”, acredita o artista.

 
Serviço
O quê? Espetáculo  Sintética Idêntica ao Natural
Quando? Até dia 27 (sexta-feira e sábado às 20h; domingo às 19h)
Onde? Pousada Guest House (Rua da Palma, Centro)
Quanto? R$ 20,00 (meia-entrada no local)

Fotos: Márcio Vasconcelos

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Jorge Vercilo apresenta Luar de Sol em São Luís



Jorge Vercillo está de volta a São Luís, dia 31 de outubro, no Espaço Renascença, apresentando turnê Luar de Sol, a partir das 21h.  Uma noite que promete ser embalada aos grandes sucessos musicais, ainda conta com a participação especial do cantor Alberto Trabulsi.


O repertório do novo show tem canções com sotaque mais brasileiro e menos radiofônicas do compositor, mas muito conhecidas pelos seus fãs, como “Numa Corrente de Verão” em parceria com Marcos Valle, o samba ternário “Raiou” (Jorge Vercillo), “Apesar de Cigano” (Altay Veloso/Aladim Texeira), a arabesca “Oração Yoshua” (Jorge Vercillo / Paulo Feital). Também estão garantidos no show os sucessos dos seus álbuns mais recentes, “D.N.A.” (2010) e “Como Diria Blavatsky” (2011), com ênfase nesse último.

VENDAS

Os ingressos são limitados e estão disponíveis nas lojas Rosa Rio Joalheiros, no Tropical e Shopping da Ilha e na Loja Conceito da Rosa Rio (Avenida dos Holandeses), também no site Cafufa.com, em até 3x nos cartões de crédito.

No espaço “Himalaia”, os fãs poderão curtir o show sentados em mesas prime, com direito a open bar, com Whisky e Open Food, com atendimento vip personalizado e banheiros exclusivos (R$ 150,00) ou optar pelo Espaço “Monalisa” onde é oferecido mesas bistrô (sem cadeira), open bar de chopp e espaço lounge, pelo preço de R$ 100,00.


SERVIÇOS

O QUE: Show de Jorge Vercillo em São Luís

ONDE: Espaço Renascença

QUANDO: 31 de outubro, quinta-feira, a partir das 21h

Rumos chega a São Luís

Hoje integrantes da equipe do Itaú Cultural que vão explicar as principais mudanças apresentadas no Programa Rumos. A reunião será realizada no auditório do Memorial Maria Aragão, às 15h (Praça Maria Aragão), e é aberta a toda a comunidade artística local.
Em 2013, o Rumos Itaú Cultural apresentou mudanças profundas e estruturais em seu conceito, fruto do diálogo entre artistas, produtores, pesquisadores, cientistas e gestores da instituição. O resultado foi uma estrutura adaptável que, independente da área de expressão ou do campo de reflexão, encara deslocamentos e desafios em seu processo e não apenas atende uma ação tradicional de constituição permanente e estável. Memória e transformação juntas em busca de melhoras.
O regulamento foi estruturado em forma de perguntas e respostas, com lançamento no início de setembro de 2013. Integrantes da equipe do Itaú Cultural estão percorrendo todo o Brasil para explicar presencialmente as principais mudanças apresentadas na versão 2013 do Rumos.

Histórico
Principal meio de apoio do Itaú Cultural à cultura brasileira, o Rumos nasceu em 1997. O objetivo do programa sempre foi valorizar a diversidade brasileira, estimular a criatividade e a reflexão sobre a cultura em nosso país e premiar artistas e pesquisadores de várias áreas.

O pop rock de Vinicius Carvalho

 
 
 Em São José de Ribamar o cantor Vinícius Carvalho se apresenta fazendo show de MPB e Pop Rock amanhã. 19, partir das 21h, no Bar e Lanchonete Empório do Sabor.
 O artista faz parte da Banda Rota 66, grupo que redescobriu o movimento MPB/POP Rock da cidade, em 2012. Vinicius canta desde os 15 anos e seu repertório é calcado no pop rock dos anos 80 e atual, passando por cantores e compositores da MPB tais como Zeca Baleiro, Djavan, Belchior e bandas como Capital Inicial, Charlie Brown Jr, Legião Urbana, dentre outras. 
Ultimamente o artista tem participado ativamente do Movimento Canta Riba, de resgate da música  ribamarense, tendo se apresentado no último espetáculo do grupo Canta Riba no Teatro Alcione Nazaré, como convidado especial. 
 
Couvert artístico R$ 7,00 por mesa
 

Laborarte é Casarão das Artes



O Casarão das Artes (Laborarte) desenvolverá ações durante os próximos 10 meses. A programação cultural acontece todas as quintas, voltada para o público adulto, e aos sábados, direcionada para o público infantil.

Durante este período, o Laborarte abrigará uma programação permanente, com preços populares, nas linguagens de teatro, dança e circo, composta por apresentações, oficinas, troca de experiências, entre outros, que somadas às demais atividades do grupo proporcionarão uma programação regular e variada de arte para São Luís.

O projeto foi contemplado no Prêmio Pró-Cultura de Estimulo ao Circo, Dança e Teatro na Categoria B - Programação de Espaços Cênicos, da FUNARTE, e tem dois eixos centrais: a promoção do espaço alternativo do Laborarte e oportunizar o encontro da classe artística local.

Laborarte - O Laborarte é um grupo artísticos que há 40 anos vem realizado atividades de cultura no estado. Tem sede própria, localizada em um casarão colonial no centro da cidade.

Confira a programação do mês de outubro:

19/10 – 16h30 - Espetáculo ‘A bicharada’ - Tapete Criações Cênicas/MA
24/10 – 19h30 - Cine Clube Laborarte - "Dança em cartaz"
26/10 – 16h30 - Espetáculo ‘Histórias da Natureza’ - Tapete Criações Cênicas/MA
31/10 – 19h30 - Espetáculo ‘Negro Cosme em Movimento’ - Cena Aberta/MA

Vem aí a 2 edição do Arrocha São Luís

 
A segunda edição do Arrocha São Luís vai reunir Pablo do Arrocha, Léo Magalhães, Silvanno Sales e Os Clones, no Parque Folclórico da Vila Palmeira, dia 9, às 21h.

Ingressos:   R$ 30 (pista); R$80,00 Camarote VIP.
INFORMAÇÕES: 98 9992 0155

Oficina para grupos culturais e artísticos em São Luís

Para democratizar a participação da sociedade às políticas públicas culturais, o Ministério da Cultura, em parceria com a Prefeitura de São Luís, vai realizar na próxima segunda-feira (21), oficina dirigida para as atividades culturais de ocupação dos Centros de Esporte e Cultura Unificada (CEU), que antes eram denominados de praças de Esporte e Cultura (PEC). A atividade terá início às 14h30, no auditório Reis Perdigão, no Palácio de La Ravardière.

A oficina, preparatória para o Edital Funarte de Ocupação dos CEUs das Artes, será voltada para grupos folclóricos, associações culturais e artísticas (pessoas jurídicas) e demais interessados em participar da seleção de projetos que serão apoiados pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) para implementação nos CEUs. O edital visa promover a seleção de 80 projetos de ocupação para os Centros de Artes e de Esportes Unificados.


SERVIÇO
Evento: Oficina preparatória para o Edital Funarte de Ocupação dos CEUs das Artes
Local: Auditório Reis Perdigão - Palácio de La Ravardière, Praça D. Pedro II
Horário: 14h30 às 18h

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sexta Roots com Nega Glícia



O Reggae se arraigou na Cultura maranhense, criou-se um laço de identidade e de referencia ao restante do país, inclusive como atrativo turístico, já que a nossa capital tornou-se a ‘Jamaica Brasileira’. O ritmo que nos anos 70, chegou pelos mares ao Maranhão fincando raiz na periferia, agora, tem conquistado outras classes, como a estudantil que frequenta outros diversos locais na cidade voltados ao gênero musical, situados à beira da praia.

Dentro desses espaços, a DJ Nega Glícia tem presença marcante, logo pelo fato de ser a primeira mulher em São Luís a assumir uma discotecagem, em um ambiente que era predominantemente masculino. E na bagagem artística, ela traz sua vivência ao lado de um Mestre, o precursor dessa linguagem dos DJ´s a frente das radiolas, Antonio José, também conhecido como o “Lobo”, falecido em 1996.

“Se a montanha não vai até Maomé. O mesmo vai até a montanha”, diz DJ Nega Glícia. Isto porque agora DJ Nega Glícia faz o caminho ao contrário. Do litoral ela retorna as suas origens da periferia, e manifesta-se no ‘gueto’ da Vila Jair convidando todo o seu público para uma “Sexta-feira Roots” no Bar Point Rose Black, hoje, a partir das 21h. Lá a DJ receberá como convidados especiais, a Equipe Vibration e Wagner Roots para realizar uma sequencia musical.

“Sexta-feira Roots” no Bar Point Rose Black, na Vila Jair, é uma proposta diferente, que quebra os paradigmas sociais e busca realizar um reggae nos moldes antigos; em quintal de areia batida, recortado de árvores, aonde pode se curtir a brisa leve da noite, tomando aquela cerveja gelada, ao som de uma ‘pedra de responsa’.



Fonte: Assessoria de Comunicação

Marafolia cancela o SIM Festival

COMUNICADO OFICIAL

A empresa MARAFOLIA PROMOÇÕES E EVENTOS LTDA., comunica o cancelamento do evento SIM FESTIVAL, que seria realizado no dia 19 de outubro de 2013, em virtude dos últimos acontecimentos ocorridos em nossa cidade. 

Pedindo desculpas aos artistas e bandas que tocariam no evento, bem como ao público em geral, informamos desde já, que as pessoas que adquiriram ingressos, deverão dirigir-se a Central da Folia, a partir do dia 22 de outubro de 2013 para a restituição dos valores pagos.


Marafolia Promoções e Eventos Ltda.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Festival Guarnicê concede três prêmios a longa maranhense "Luíses"


*Publicação: 05/10/2013 20:30 




Com sessão lotada e aplaudido de pé por mais de dois minutos, o longa-metragem rodado no Maranhão e produzido pelo grupo Éguas Coletivo Audiovisual, foi destaque na programação do 36º Festival Guarnicê de Cinema. Juntos, os integrantes do grupo subiram ao palco durante a cerimônia de encerramento do Festival para receber os troféus que concederam a Kenny Mendes e Marcela Rocha o prêmio de Melhor Direção de Arte, e a Lauande Aires o de Melhor Ator.

Logo após a entrega dos prêmios, um problema na leitura dos premiados levou o júri a se manifestar em relação à entrega do prêmio de Melhor Direção de Longa-metragem, não realizada até o final da solenidade. Em seguida, o festival reavaliou a lista de entrega e anunciou a concessão do prêmio a Lucian Rosa, pelo filme Luíses, e encerrou a cerimônia pedindo desculpas pelo ocorrido.

Após a participação do filme no Festival Guarnicê de Cinema, vários espectadores se manifestaram positivamente nas redes sociais. "Que obra incrível, com certeza virou o filme preferido de muita gente (ja é o meu), a força desta obra vai elevar o nome do cinema maranhense aos clássicos nacionais", postou no facebook o estudante de história Ruan Mota. O sócio-proprietário da distribuidora Petrini Filmes, Raffaele Petrini, afirmou em crítica no seu blog: "Luíses é mais que um filme, é um grito poderoso. É cinema de guerrilha, anárquico e livre. É nosso".

O grupo foi indagado sobre as próximas exibições do filme. Em resposta, lançaram uma nota na página do Éguas Coletivo Audiovisual informando que se dedicará inicialmente ao circuito de festivais, e em seguida promoverão exibições em praças públicas, salas de aula, cineclubes, espaços de cultura e disponibilizarão a obra para download na internet.

O filme
Com 75 min., “Luíses - Solrealismo Maranhense” é uma mistura de ficção e documentário que retrata a vida do ludovicense sob uma ótica crítica da sociedade. O roteiro utiliza o mito da serpente que cresce adormecida nos subterrâneos da cidade e faz uma analogia com a mobilização popular. Neste contexto, o filme mostra a história dos vários Luíses que compõem a cidade, em especial a de Luís Calado, que no dia em que a serpente acorda, tenta se fazer ouvir.

A história ficcional é entrecortada por vários depoimentos, em que jornalista, advogado, funcionários de hospitais, pacientes, ativistas, líderes populares e moradores de rua denunciam a corrupção no poder público e o descaso com a cidade. O real e o imaginário caminham juntos nessa história que dá início ao Solrealismo. “Inspirados no filme MA 66 do Glauber Rocha, nós tentamos trazer, com pitadas de elementos do surrealismo e do tropicalismo, além de elementos regionais (por isso o nome Solrealismo), a expressão de um anseio por mudança que cresce não só em nós, integrantes do coletivo, mas em toda a sociedade. Tentamos usar tudo isto para mostrar a possibilidade de mudança que a mobilização e a arte trazem, por isso propomos um novo movimento cultural”, afirma Keyciane Martins, a produtora.

Este é o primeiro longa-metragem produzido pelo grupo. A ideia de fazer o filme surgiu logo depois da formação do Éguas Coletivo Audiovisual, há pouco mais de um ano. O grupo, bastante heterogêneo, é formado por integrantes de várias naturalidades, todos com raízes fincadas em São Luís e envolvidos em atividades. Keyciane conta que a equipe se uniu logo após participarem de uma atividade das oficinas do Festival Guarnicê de Cinema do ano passado. “Depois do Guarnicê, resolvemos montar um grupo para não perdermos contato e nos encontrávamos toda terça-feira no Chico Discos, no centro. Pensamos inicialmente em fazer um cineclube, mas aí a ideia de produzir foi ganhando forma e acabamos criando juntos o roteiro do Luíses”, explica.

Com um orçamento limitadíssimo de apenas R$1200, dinheiro arrecadado em pedágios e na Festa Solrealística (realizada durante o período de gravações), artistas, músicos e atores da cidade se empenharam voluntariamente em um esforço colaborativo para garantir um trabalho profissional na produção do filme. Destacam-se as atuações de artistas maranhenses como Raphael Brito e Lauande Aires, e a trilha sonora com composições de Criolina, Zeca Baleiro, Celso Borges, Marcos Belfort, Carlos Silva Jr. e Ricardo Wayland e Ricardo Passos.

http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/impar/2013/10/05/interna_impar,142929/festival-guarnice-concede-tres-premios-a-longa-maranhense-luises.shtml

domingo, 6 de outubro de 2013

Último dia da FeliS

Hoje é o último dia da Feira do Livro, hein? Por isso, aproveite!!


06/10 (DOMINGO) 
PALESTRAS
Local: Auditório da Associação Comercial do Maranhão
17h – Bibliotecas no Bairro do Anil: a leitura transformando a comunidade – Mariany Costa Carvalho/ Mediadora: Cássia Furtado         

CAFÉ LITERÁRIO
Local: Galeria Valdelino Cécio – Centro de Criatividade Odylo Costa, filho
17h – Tema: Aluísio Azevedo: 100 anos depois – Convidados: Alberico Carneiro e Lourival Serejo

SALA DE LANÇAMENTOS E RELANÇAMENTOS DE LIVROS
Local: Faculdade de História da UEMA, Praia Grande
10h – Lulotopia – Doni Aleluia
11h – Mandinga – Raimundo Carneiro Correa
15h – Memórias de Mané da Garage – Manoel José Mendes
16h – O Mundo Espiritual / Desenvolvimento Humano; Autoajuda e Espiritualidade – Pacheco do Maranhão
17h – Um rastro de sangue – Isael Lobão
18h – Que Ilha Bela! São Luís o tempo reconstrói a tua história (1612-2012) – Lúcia Maria Silva Castro
19h – Céu em chamas – Luís Felipe Pereira Martins
CINE FELIS
Local: Cine Praia Grande – Centro de Criatividade Odylo Costa, filho
10h às 12h – Curtas de diretores maranhenses e documentários AML/FNH
17h às 21h – Curtas e longas de diretores maranhenses e documentários AML/FNH
14h – Filme: Minhas tardes com Marguerritt – Diretor: Gerard D’pardieu
15h30 – Filme: José e Pilar – Diretor: Miguel Gonçalves Mendes
Programação Infantil (SESC)
14h – Filme: Ernesto no país do futebol – Diretor: André Queiroz
14h30 – Filme: Águas de Romanza – Diretora: Glaúcia Soares
15h – Filme: Guido e Gaspar – Diretor: Márcio Schoenardie

Programação Infantil (SESC)
15h20 – Filme: Minhas tardes com Marguerritt – Diretor: Gerard D’pardieu
ANFITEATRO BETO BITTENCOURT
Local: Ágora do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho
16h – Os Foliões
17h – Cordel ao pé do ouvido – poemas com C.E. Mon. Luís Alves Madureira
19h – Leitura dramatizada quatro 400 – La Officina Produções Artísticas
18h às 22h – Cordel ao pé do ouvido – Rede leitora ler pra valer
PRAÇA CASA DO MARANHÃO
PÉ DE LIVRO – Espaço para mediação de leitura
Local: Praça da Casa do Maranhão
14h às 17h – Contação de história – Rede Leitora
15h – Animados e Inanimados – Cia Tapete
ESPAÇO SESC – Brincando com a Leitura
Local: Praça da Casa do Maranhão
14h às 18h30 – Recepção com grupo de animação artística e Pintura Facial Artística
14h às 18h – Oficinas: Literatura de Cordel; Conto / Poesia / Tirinha / Tangran / Atividades de Leitura

PRAÇA NAURO MACHADO
17h – Cartuns (Teatro)
20h – Show musical Bandeira de Aço 35 anos
PRAÇA DA CRIANÇA
ESPAÇO CRIANÇA I (SEMED)
14h às 21h – Cantinho de leitura com contação de história / Camarim / Cantinho das Artes / Jogos e Brinquedos / Exposição audiovisual
ESPAÇO CRIANÇA II (SEMED)
15h – Pintura de rosto
16h – Desenho e pintura
17h – Desenho e pintura
Intervalo
19h – Leitura, histórias, jogos e brincadeiras.

ESPAÇO BRAILLE
Local: Praça da Criança
14h às 16h – Participação especial Elizete Lisboa

PRAÇA DA JUVENTUDE
Local: Praça Valdelino Cécio
10h às 21h – Mostra: Ser Jovem Negro no Brasil / Fórum da Juventude Negra
10h às 12h – Oficina de produção textual – Artur de Ribamar Góes Freire
15h às 17h – Juventude conectada: gênero e diversidades – Instituto Solis e Feongma
19h – Meus amores, minha história – KeKe Poeta

ESPAÇO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA (SEMED)
Local: Praça Valdelino Cécio
14h às 21h – Exposição de painéis das atividades desenvolvidas nos projetos, programas e ações da EJA, com oficinas e apresentações dos alunos

ESPAÇO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – NEA
Local: Praça Valdelino Cécio.
14h às 21h – Exposição de objetos confeccionados com reaproveitamento de resíduos, e fotos, cujo objetivo é mostrar ao público visitante da feira do livro as possibilidades de reaproveitamento de matérias e objetos que iriam para o descarte.
PROGRAMAÇÃO TEATRAL
Local: Teatro Alcione Nazareth
18h – Espetáculo de Dança: Quinze – Cia Pulsar

Local: Teatro João do Vale
19h – Espetáculo teatral: Operários da palavra – CoTeatro
PRAÇA DA FAUSTINA
14h às 20h – Exposição de Cordel

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Xico Sá marca presença na FeliS

“Bola na trave não altera o placar. Bola na área sem ninguém pra cabecear. Bola na rede pra fazer o gol. Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?” Ao som dos versos da música do Skank, o público foi chegando e preenchendo o auditório do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEMA para uma conversa com o jornalista e escritor Xico Sá, realizada como parte da programação da 7ª Feira do Livro de São Luís.

Xico Sá, que tem um estilo próprio e leve de escrever, e que é conhecido pelo carisma e textos que mesclam atividade literária e jornalística, esteve na FeliS para um bate-papo descontraído sobre jornalismo, literatura e futebol, com mediação do jornalista Zema Ribeiro.

Pela segunda vez em São Luís como escritor, Xico com seu sotaque nordestino característico fez uma grande viagem no tempo para explicar sua trajetória como cronista das relações amorosas e jornalista multimídia, não se limitando somente ao tema da palestra.

Ao relembrar da infância no município de Crato, no Ceará, Xico falou sobre o seu primeiro romance intitulado “Big Jato”, uma ficção com alguns traços autobiográficos, que serviu para o autor como um momento de redescoberta de fatos do passado, histórias vividas, casos amorosos, entre tantos outros marcos da juventude.

A vontade de escrever, conta o cronista cearense, foi o que o levou para o jornalismo, uma vez que na época em que ele tinha que se decidir por uma profissão o mercado da literatura era muito limitado, com pouco espaço para novos escritores.

Já como jornalista, a literatura vinha nas horas vagas de trabalho, já que a redação tomava muito tempo dele. E mesmo no texto jornalístico a influência do texto literário é marcante no modo de escrever de Xico Sá, como pode ser observado nos trabalhos em que fez, como nas crônicas futebolísticas, cuja inspiração remete a Nelson Rodrigues.

Sobre o universo feminino, aspecto marcante em suas textos publicados na Folha de São Paulo, Xico disse que até hoje está tentando compreender as mulheres. Segundo o autor, a observação e a consequente escrita de crônicas é um exercício praticado por ele para compreensão do mundo complexo da mulher, que está emergindo na modernidade como protagonista de sua própria história.

A recepção do público à palestra foi positiva. Na visão Xico, a noite foi inesquecível: “é muito bom falar de literatura, futebol, jornalismo, dentre tantos outros assuntos, para uma plateia como a dessa noite, um público variado e interessante que enriqueceu o debate com perguntas e indagações variadas, foi muito bom”, disse.

Xico Sá publicou onze livros, com destaque para “Chabadabadá”, “Modos de macho e Modinhas de Fêmea”, “Divina Comédia da Fama” e “Nova Geografia da Fome”, este último em parceria com o fotógrafo Ubirajara Dettmar. Além disso, tem coautoria em mais dez livros, e participações no cinema e na música.


Fonte: Ascom/Feira do Livro
Foto: Euzemar Pereira 

"Rolo" em São Luís

A festa, que acontece pela primeira vez em  São Luís, hoje, a partir das 22h, no Mandamentos Hall,  tem como essência o “open format”, passando por vários estilos musicais, tanto nacionais como internacionais, pois o importante é a pista não parar. O “Rolo” consegue atrair do tipo de público, sem preconceito e que deseja uma noite diferenciada, no meio de muita música, design, moda e várias surpresas.

 A Festa tem como residente um dos melhores DJs de “Open Format” do Brasil, DJ Anão (foto), com toda sua experiência na noite brasileira, leva o público para uma viagem musical, navegando pelo hip hop, house music, rock & roll, funk, e ainda consegue se adaptar em cada região, então, em São Luís, não faltará um pouco de reggae. Quem também vai agitar a pista, será o DJ Nalin, com muita house music de um jeito que só “Nalin” consegue passear.


NOVIDADE - O conceito visual da festa garante uma diferenciação diante das demais, com uma comunicação efetiva, de fácil associação e lembrança, baseando-se um ponto de encontro para aquelas pessoas que tem o “Swag”. É o lugar para todos desfilarem com suas roupas mais ousadas. A marca registrada do “Rolo” são suas bandanas, que além de fazer parte da temática da festa, são bem importantes para venda de ingressos antecipados e outras promoções que proporciona o diferencial no visual da noite.

INGRESSOS

Os ingressos disponíveis na Loja Lacoste (Av. dos Holandeses) e no site www.dringresso.com.br. A pista custa R$ 40 e o camarote R$ 60.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Os mistérios de Clarice Lispector



*

Um envenenado (no bom sentido) pela vida e obra de Clarice Lispector. É essa a definição que  o escritor norte-americano Benjamin Moser dá a si mesmo ao falar sobre a escritora brasileira. Benjamin se encantou por Clarice Lispector nas três primeiras frases de A hora da estrela (1977), o penúltimo romance e último livro publicado em vida por Clarice. O contato se deu durante um curso de literatura brasileira da Brown University. Foi amor à primeira vista.
“Sabe quando você encontra o amor e sabe que ficará apaixonado a vida toda? Assim eu fiquei quando descobri Clarice. Eu fiquei apaixonado e me considero envenenado por ela”, conta Benjamin em entrevista que fiz para O Imparcial.
Benjamin proferiu a palestra Que Mistérios tem Clarice?durante a sétima edição da Feira do Livro, onde pretendeu revelar um pouco sobre a escritora e como ele mesmo disse, espalhar Clarice aos quatro cantos do mundo.
Mergulhado na obra de Clarice, Moser diz ter assumido a missão de apresentá-la aos leitores de seu país. A biografia Why this world? foi traduzida e publicada no Brasil, sob o título de Clarice. O resultado de cinco anos de pesquisa  foi um sucesso e ampliou o interesse pela escritora no exterior. O livro revela fatos desconhecidos de sua vida e joga luz sobre recantos até agora nebulosos, que ajudam a entender melhor seu principal interesse: a origem das coisas, inclusive a dela própria.
Nascido em Houston, em 1976, crítico e tradutor, Moser mergulhou fundo na cultura brasileira do século XX para tentar desvendar a enigmática personagem, dona de um mistério até hoje perturbador, mesmo após mais de três décadas de sua morte.
Em entrevista o biógrafo falou de sua paixão pela escritora, de como aprendeu o português – idioma que domina com perfeição, e da alegria de estar em São Luís, uma das poucas cidades brasileiras que ele ainda não conhecia. 




O que o motivou a pesquisar a vida de Clarice Lispector?
A motivação foi amor puro. Algo com que você se apaixona e pronto. Quer viver aquilo. Há 20 anos eu vivo esse amor.

E como se deu esse encontro com a obra dela?
Eu comecei a fazer aulas de chinês na faculdade porque gostava e acreditava que podia falar sobre a China e essas coisas. Mas era  muito difícil e depois de duas semanas eu logo desisti. Daí como já falava espanhol, fui estudar português (na Brown University),e aí começamos a ler obras da literatura brasileira. Foi aí que fui apresentado a Clarice e me encantei logo na primeira página. Acabei mergulhado na obra dela, e é difícil sair quando acontece algo assim. Eu nuca consegui.

Por que você optou por escrever uma biografia de uma escritora brasileira?
O que me interessou em Clarice não era foi nacionalidade, mas a genialidade dela e eu achei uma injustiça que essa autora brasileira fosse tão mal conhecida em outros países, tão mal traduzida,  e resolvi fazer o que podia para mudar isso. Essa coisa de tão alto nível todo mundo devia conhecer e eles não tinham como conhecer porque não sabem o português. Mas eu achei que era bom contar a vida dela que é extraordinária e levar para os Estados Unidos, França, Holanda, Itália e onde quer sua obra possa estar.

E o que fez você ficar apaixonado por ela?
No início foi a linguagem dela, a beleza das líricas. Em minha vida toda eu nunca tinha lido algo assim. Me encantei com ela depois de três frases do livro A Hora da Estrela. É como quando você se apaixona, quando você encontra o amor para a vida toda. Há 20 anos eu vivo imerso nessa paixão.

Como foi o processo de pesquisa?
Bati de porta em porta atrás de pessoas que quisessem contar suas histórias aram. Tive muita sorte nisso ao encontrar pessoas que ficaram contentes em ver que suas memórias, suas coleções, iam servir para divulgar a obra de Clarice no mundo. De toda a experiência que tive durante a elaboração do livro, levarei para sempre as amizades que fiz.

E que mistérios tem Clarice?
Depois de tantos anos de andanças vi que os mistérios dela são os de todo mundo Ela tinha questões, desafios humanos, perguntas comuns a todos, como por exemplo: por que nascemos?  De onde viemos? Para onde vamos? por que temos que morrer? Onde está Deus? São questões dolorosas porque não têm respostas, mas ninguém as procurou com tanta intensidade como Clarice. E acho que a resposta que ela encontrou foi vivendo a vida, aproveitando, sendo feliz. Ela mostrou isso por meio dos trabalhos que fez ao longo da vida.

E você como pesquisador da obra dela acha que ela conseguiu essas respostas?
Eu acho que ela conseguiu não resposta para todas as perguntas, mas respostas temporárias. Porque não dá para resolver tudo. A gente não morre do nosso jeito. Ela achou respostas que são válidas para toda a gente. Ela conseguiu deixar algumas coisas não só para mim, mas para toda a gente. Do Cazaquistão à África, Estados Unidos, Europa, todos conseguem essa identificação com a obra dela.

Nas palestras e apresentações que você tem feito pelo mundo o que as pessoas mais te perguntam?
Graças a Deus por onde tenho passado Clarice tem causado encantamento. As pessoas acabam se identificando com os mistérios, com suas histórias, seus personagens. Certa vez uma senhora alemã que bem aqui para os brasileiros poderia ser chamada de dondoca, se identificou com um personagem simples de Clarice. Então é isso que costuma acontecer. As pessoas se envolvem e se veem naquelas histórias, independente de onde sejam ou como são.

É a primeira vez que você vem a São Luís. Já sabia algo sobre a cidade?
Sim. São Luís é talvez a única cidade brasileira interessante que eu ainda não havia conhecido. E conheço muito da literatura daqui, como Gonçalves Dias, Sousândrade, Aluízio Azevedo, Ferreira Gullar, que foi amigo pessoal de Clarice. Eu tirei uma foto com a estátua de Gonçalves Dias e ficou muito legal (risos). E é uma coisa extraordinária, por ser um estado relativamente pequeno, mas ter dado uma contribuição tão grande para a literatura brasileira. Tenho até um projeto que tem sido expulsado da minha cabeça sobre Gonçalves Dias.

Dá para adiantar o que seria?
Ainda está nas ideias, mas seria sobre a obra Timbiras, que faz parte do nacionalismo brasileiro que se descobriu no século XIX, e a questão indigenista. Penso que posso dar aulas sobre o indigenismo na América Latina, Canadá e de que forma isso contribuiu para formar a cabeça do que é ser brasileiro, americano. É uma coisa que estou estudando ainda.


*publicada na edição de 01.10.13, Jornal O Imparcial
Foto: Lauro Vasconcelos/Divulgação